Roteiro pelo Centro de São Paulo

O centro de São Paulo é riquíssimo culturalmente e historicamente. Agrada a gregos e troianos.

Para explorá-lo, use e abuse do transporte público e de suas pernocas. Carro de jeito nenhum! Você vai ficar mais tempo parado no trânsito e procurando onde estacionar. Sem contar que os estacionamentos são caríssimos. Portanto, coloque sua roupa e sapatos mais confortáveis e leve umas garrafinhas de água na mochila (melhor para essa caminhada) para garantir a hidratação!

Próximo à Estação Luz do metrô (Linha 1 Azul ou linha 4 Amarela)

Utilize a saída da linha amarela que é mais próxima dos pontos.

Estação da Luz

O edifício que abriga a estação foi inspirado no Big Ben e na Abadia de Westminster, contendo estruturas trazidas da Inglaterra. A estação foi aberta em 1901 e por muito tempo foi um marco da cidade. Personalidades ilustres passavam por ali tanto na chegada como na partida de São Paulo. Também foi porta de entrada para muitos imigrantes. Teve um papel muito importante de conexão entre a capital Paulista, as fazendas de café na região de Jundiaí e o Porto de Santos.

Horário de funcionamento: todos os dias das 4h às 24h. Entrada gratuita.

Falando em Santos, que tal um roteiro de 1 dia pelo Centro Histórico?

E que tal passa uma tarde numa vinícola em Jundiaí?

Museu da Língua Portuguesa

Instalado no mesmo prédio da Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado em 2006 com o objetivo de valorizar a diversidade da língua portuguesa.

Escolheram o edifício da Estação da Luz para abriga-lo não só pela sua importância histórica, mas também por ser ponto de passagem de várias culturas e classes sociais, ou seja, de sotaques de todo o país!

Infelizmente, em 2015 o museu foi parcialmente destruído por um incêndio. A previsão para reabertura é a partir de junho de 2020.

Dentre as novidades da reabertura estarão o acesso direto pela Estação da Luz e um café a céu aberto no terraço com vista para o Parque Jardim da Luz e para a Pinacoteca!

Vamos torcer para que a pandemia não adie demais esta reabertura!

Estação da Luz, Parque Jardim da Luz e Pinacoteca

Parque Jardim da Luz

Localizado em frente à Estação da Luz, é o parque mais antigo de Sampa, aberto ao público em 1825. Além de outros atrativos, o parque tem um aquário subterrâneo (atualmente em manutenção) e uma exposição permanente de esculturas brasileiras nos gramados.

Próximo ao portão principal passa a ciclofaixa que funciona aos domingos e feriados, das 7 às 16h. Nestes dias, ir de bike é uma ótima alternativa para explorar o centro de São Paulo!

Horário de funcionamento: Terça a domingo das 9 às 17h30. Entrada gratuita.

Pinacoteca do Estado

Conectada ao Parque Jardim da Luz está a Pinacoteca, um dos mais antigos e importantes museus de arte da cidade, fundado em 1905. Ela se dedica às artes visuais brasileiras e seu diálogo com as culturas do mundo.

Horário de funcionamento: de quarta a domingo das 10 às 18h. Entrada paga.

Memorial da Resistência de São Paulo

O edifício que hoje abriga o Memorial da Resistência e a Estação Pinacoteca foi inaugurado em 1914 e foi sede entre 1940 a 1983 do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – DEOPS/SP (mais conhecido como DOPS), uma das polícias políticas mais truculentas do país, principalmente durante a ditadura militar.

O memorial foi inaugurado em 2009 com o objetivo de preservar as memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano (1889 à atualidade) e é membro institucional da Coalização Internacional de Sítios de Consciência, que reúne instituições estabelecidas em lugares históricos dedicados à preservação das memórias de luta pela justiça e à reflexão sobre o seu legado.

Horário de funcionamento: quarta a segunda das 10 às 17h30. Entrada gratuita.

Sala São Paulo

O imponente edifício da Estação Júlio Prestes, concluído em 1937 e inspirado na Grand Central Station de NY e na Pennsylvania Station, abriga a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo desde 1999 e a Sala São Paulo, a casa de espetáculos de música clássica mais importante da América Latina. Seu forro móvel permite adaptação da acústica local a cada tipo de evento musical.

A torre é da Estação Júlio Prestes

Você pode fazer uma visita guiada, assistir a concertos gratuitos nas manhãs de domingo (ingressos limitados) ou pagar para assistir a um dos diversos eventos que o local oferece.

Próximo à estação São Bento do metrô (Linha 1 Azul)

Mercado Municipal

O mercadão foi inaugurado no dia 25 de janeiro de 1933 (mesmo dia do níver de Sampa) e atualmente é especializado na venda de frutas, verduras, cereais, carnes, temperos, queijos…enfim, em tudo que se põe na mesa! No entanto, sua primeira função foi de armazém de pólvora e munições!

O edifício, inspirado no Mercado Central de Berlim, na última grande reforma da fachada e dos vitrais, foi construído um mezanino onde funciona o Mercado Gourmet, local com diversos restaurantes. Muitas das bancas de lanches do térreo abriram uma filial lá em cima ou se mudaram para lá, mas ainda dá pra fazer como antes e comer nos balcões de algumas lanchonetes que mantiveram seu ponto original.

Foi lá que surgiu um mito da gastronomia paulistana: o famoso sanduíche de mortadela! Reza a lenda que ele surgiu na década de 60 durante uma brincadeira entre os funcionários. Também são famosos o bolinho e o pastel de bacalhau.

Fome que fala, né?

Lá também dá pra fazer uma parada estratégica no seu passeio, já que no subsolo há banheiros gratuitos (e até que bem limpos).

Mas se você estiver interessado em compras, atravesse a Av. do Estado e você estará na zona cerealista (região da R. Santa Rosa). Os preços podem chegar a metade dos valores encontrados dentro do mercadão para o mesmo produto!

Verifique o horário de funcionamento atualizado no site oficial.

Ladeira Porto Geral e Rua 25 de março

Escolha a saída da Ladeira Porto Geral do metro São Bento para cair direto na muvuca! Poucos metros ladeira abaixo você já estará na famosíssima vinte e cinco (a forma como chamamos a Rua 25 de Março). A 25 é considerada o maior centro comercial da América Latina.

E nem era um dia cheio!

Lá você encontrará de tudo um pouco, de brinquedos a bijuterias, mas se seu foco for roupas vá ao Bom Retiro e/ou ao Brás, também no centro de São Paulo.

Evite visitar próximo ao carnaval, natal, na semana da parada do orgulho LGBT e feriados. Aquilo fica entupido de uma forma surreal!!! Pensa no extremo oposto de isolamento social. Nível trem de Osasco às 6 da manhã.

As lojas costumam estar fechadas aos sábados na parte da tarde e aos domingos, exceto nos finais de semana prévios ao carnaval e natal.

Mosteiro de São Bento

Localizado no Largo de São Bento, o Mosteiro de São Bento é um conjunto que incluí a Basílica Abacial Nossa Senhora da Assunção, o Colégio de São Bento e a Faculdade de São Bento. O edifício foi construído entre 1910 e 1922 e é inspirado na arquitetura germânica.

O local oferece concertos musicais, cursos e oficinas. No entanto, as atrações mais procuradas são as missas com cantos gregorianos acompanhados pela melodia de um grande órgão alemão.

Há também uma lojinha com pães, bolos, doces, bolachas, geleias produzidas pelos próprios monges, utilizando receitas seculares que foram transmitidas de monge para monge.

Horário de funcionamento: segunda, terça, quarta e sexta-feira, das 6h até o término da missa das 18h. Quinta-feira a igreja fecha às 8h e reabre às 11h30. Sábado e domingo, das 6h às 12h e das 16h às 18h.

Missas: de segunda à sexta-feira, 7h com canto gregoriano. Sábado, 6h com canto gregoriano. Domingo, 8h30 com órgão -, 10h com canto gregoriano e órgão.

Mesmo que você não seja religioso, como é o nosso caso, lembre-se sempre que ao entrar em um lugar sagrado para alguém, deve ser educado e respeitar as tradições dos fiéis, e não se comporte como se estivesse em um zoológico.

Ali pertinho fica o Viaduto Santa Ifigênia, que liga o Largo São Bento à Igreja de Santa Ifigênia. Em estilo Art Nouveau, toda sua estrutura foi fabricada na Bélgica e montada entre 1910 e 1913. O viaduto passa sobre o Vale do Anhangabaú e a Avenida Prestes Maia e é exclusivo para circulação de pedestres.

Edifício Martinelli

O centro de São Paulo está cheio de edifícios icônicos. O Martinelli foi o primeiro arranha céu da América Latina. Sua construção foi iniciada em 1924 e inaugurado em 1929, simbolizando o progresso da cidade. Gerou muita polêmica na época, pois prédios com mais de 10 andares eram considerados muito altos!

É possível realizar visitas guiadas diariamente, incluindo o mirante. Para mais informações e compra dos ingressos, visite o site oficial.

Edifício Banespa

Não importa se trocou o banco, mas se você nasceu até a década de 80 (talvez 90 também) aquele prédio sempre será o do Banespa! Para mim ele é o maior representante do centro de São Paulo!

Seu verdadeiro nome é Edifício Altino Arantes e hoje recebe o nome de Farol Santander. É o terceiro prédio mais alto da cidade! Foi construído em 1939 inspirado no Empire State.

Antes o mirante era gratuito, ocasião em que o visitei. De lá, em dias limpos, é possível ter um raio de visão de 360° de até 40 quilômetros!

Hoje a visita é paga e, junto com ingresso, também é possível visitar as exposições e o Espaço memória. Ah! Mas a visita ao saguão é gratuita, onde há um lustre de cristal com 13 metros de altura no formato do edifício!

Museu Memorial Bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo foi fundada em 1890 e é o principal mercado de negociação de ações do Brasil.

Com o intuito de aproximar o público do mundo financeiro, em 2016 o antigo pregão passou a receber visitantes, onde antes ocorria aquela bagunça de compra e venda de ações (hoje é tudo eletrônico), num tour dividido em 5 etapas:

  • No cinema 3D é exibido um vídeo de 20 minutos explicando o funcionamento do mercado de capitais;
  • Depois, no auditório, um ex-operador da bolsa dá uma palestra de 25 minutos contando sua experiência;
  • Em seguida os visitantes são encaminhados para 6 terminais onde, com a orientação de monitores, simulam a compra e venda de ações no pregão eletrônico;
  • A quarta etapa passa pelo museu multimídia da Bovespa;
  • O tour é encerrado em estandes de corretoras onde você pode tirar dúvidas e realizar investimentos reais!

Os tours são gratuitos e ocorrem de terça a sábado das 8h às 15h30.

Próximo à estação Sé do metrô (Linha 1 Azul)

Pateo do Collegio

Em meio aos arranhas céu do centro de São Paulo está o berço de Sampa. Foi lá que nossa grande metrópole nasceu em 1554 quando Padre Anchieta resolveu construir uma dependência para servir de alojamento e colégio para catequização de índios.

Atualmente abriga:

  • O Museu Anchieta, que conta um pouco da história da fundação de São Paulo e do papel dos jesuítas naquela época;
  • O Museu de Arte Sacra dos Jesuítas
  • A Biblioteca Pe. Antonio Vieira, especializada na História da Companhia de Jesus e da cidade de São Paulo.

Bateu aquela vontade de um cafezinho? Dê uma passadinha no Café do Pateo, localizado nos jardins do Pateo do Collegio. Além de saborear o café pessegueiro, aproveite para experimentar o exclusivo “Pão do Pateo” feito com farinha de mandioca e elaborado segundo um relato de São José de Anchieta a Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, no qual descrevia os costumes da São Paulo de 1554.

Praça da Sé e Catedral da Sé

A Praça da Sé é o centro geográfico de Sampa. Lá encontramos o marco zero das rodovias e fronteiras estaduais, e da numeração das vias públicas municipais.

Mas o principal atrativo do local é a belíssima Catedral Metropolitana da Sé, com arquitetura no estilo gótico. Sua construção iniciou em 1912, sendo inaugurada somente em 1954. Não deixe de apreciar os lindos vitrais.

A entrada é gratuita, exceto nas criptas, que só podem ser acessadas em tours guiados (saídas da Secretaria da Catedral).

Encontrei diversos horários e valores para esses tours então é melhor ligar para confirmar essas informações: (11) 3107-6832

Faculdade de Direito da USP

O edifício da Sanfran (como é conhecida) fica no Largo São Francisco (entendeu??!) e tem estilo neocolonial. Foi construído na década de 30 e tombado como patrimônio histórico do Estado de São Paulo. Anteriormente a faculdade estava instalada em um antigo convento franciscano no mesmo local, cujas igrejas ainda existem.

É possível visitar o Museu da Faculdade de Direito, com entrada gratuita.

Próximo à Estação Anhangabaú do metrô (Linha 2 – Vermelha)

Viaduto do Chá

O viaduto do chá foi o primeiro viaduto de Sampa, inaugurado em 1892. Originalmente projetado com armações metálicas trazidas da Alemanha, estas tiveram que ser substituídas por vigas de concreto pois aquelas cederam com o uso. Ganhou esse nome pois no entorno havia extensas plantações de chá da Índia.

Não deixe de apreciar a vista para a Av. 23 de Maio, principal ligação entre as zonas norte e sul, do lado esquerdo, e do Vale do Anhangabaú, do lado direito.

Av. 23 de maio

Chegando nele, logo no início, do lado esquerdo, está a Prefeitura de São Paulo e na outra extremidade o Shopping Light.

Shopping Light e Prefeitura de São Paulo

Minha primeira memória dessa região tem um Mappin bem em frente ao Theatro Municipal! Caraca maluco, tô velha!!!

Vale do Anhangabaú

Localizado entre os Viadutos Santa Ifigênia e do Chá é um dos espaços públicos mais importantes não só do centro de São Paulo, mas da cidade, pois lá ocorrem diversos eventos musicais, shows da Virada Cultural, manifestações públicas, comícios, etc.

Até 1910 o rio corria livremente, quando foi canalizado e o local jardinado, criando-se o Parque do Anhangabaú.

Hoje um dos ícones de Sampa, nele encontramos jardins, obras de arte, três chafarizes e uma vista incrível dos mais importantes cartões postais do centro de São Paulo.

Theatro Municipal

Mais um ícone do centro de São Paulo, a maior casa de Ópera do Brasil teve sua construção iniciada em 1903 e inaugurada em 1911 para atender ao desejo da elite paulistana que queria que a cidade tivesse uma casa de espetáculos à altura de suas posses e dos grandes centros culturais do mundo.

Seu estilo arquitetônico foi inspirado na Ópera de Paris. Além da sua importância arquitetônica também tem sua importância histórica por ter sido palco da Semana de Arte Moderna, a famosa semana de 22!

Desde 2012 conta com a Praça das Artes que abriga corpos artísticos, escolas municipais de música e dança e diversas atividades do Complexo Theatro Municipal.

Todas as terças das 10h às 16h é possível visitar o saguão do Theatro. Mas caso queira uma visita mais ampla, há opções de horários de terça a sábado.

Mais informações, de horários e valores na página da visita educativa do Theatro Municipal.

Se der, não deixe de assistir a um espetáculo. É uma experiência bárbara! Fique de olho na programação.

Próximo da Estação República do metrô (Linha 2 Vermelha e Linha 4 Amarela)

Edifício Copan

Calma que ainda tem cartão postal do centro de São Paulo! Símbolo da arquitetura moderna brasileira, foi idealizado por Oscar Niemeyer em 1954 e finalizado em 1966. Seu formato em “S” chama atenção de quem passa pela região.

Os números impressionam: é a maior estrutura em concreto armado do país, com 115 metros de altura, 32 andares, 6 blocos, 1160 apartamentos de metragens muito variadas, cerca de 5 mil residentes e mais de 70 estabelecimentos comerciais. O edifício conta com um CEP exclusivo: 01066-900!

É possível visitar o terraço, gratuitamente, de segunda a sexta às 10h30 e às 15h30, exceto feriados. Chegar com 15 minutos de antecedência. A visita dura de 15 a 20 minutos e é acompanhada por um bombeiro.

Edifício Itália

O Circolo Italiano, mais conhecido como Edifício Itália, é o segundo prédio mais alto da cidade, com 46 andares. Foi inaugurado em 1965 e é mais um marco do centro de São Paulo.

O prédio mais alto no horizonte é o Edifício Itália

No seu topo está localizado o famoso bar e restaurante Terraço Itália, com uma vista panorâmica da cidade.

Em 2011 ganhamos um jantar lá. A gente só tinha que pagar pelas bebidas e o serviço. Pedimos duas taças de vinho e duas águas e a conta ficou quase 200 reais. Sim, duzentos reais (na época isso era muito dinheiro!). E nem achamos a comida tudo isso (o carpaccio veio congelado, erro de principiante). Quem sabe um dia voltamos e perdemos o ranço.

Mas calma! Você não precisa falir para apreciar essa vista. Hoje em dia é possível visitar o terraço panorâmico no 41º andar todos os dias das 15 às 19h pagando-se uma taxa de R$ 30,00 por pessoa que lhe dá direito a um drink sugestão da casa.

Praça da República

A Praça da República foi palco de manifestações importantes da nossa história, como a que ocorreu em 23 de maio quando os paulistas se manifestaram contra a ditadura Vargas, culminando com a Revolução Constitucionalista de 1932 (agora sei o significado dessa data!!).

Desde 1956 ocorre uma tradicional feirinha de artesanato todos os domingos, das 8h às 18h, com mais de 600 barracas de artes, artesanatos e comidas típicas do norte, nordeste e países vizinhos. É também uma das únicas áreas verdes do centro de São Paulo.

Juntamente com o Largo do Arouche e a Rua Augusta integra a região LGBT de Sampa e desde 2012 abriga o Museu da Diversidade Sexual que tem como objetivo a divulgação do patrimônio cultural da comunidade LGBT.

A poucos metros dali está a Galeria do Rock, que abraça não só a cultura rock, mas também do hip hop, dos skatistas, fãs de basquete ou do Harry Potter, amantes de músicas antigas… Seja para se tatuar, deixar o cabelão estiloso, tomar uma cerveja artesanal ou só para observar como a diferença é incrível e pode conviver em harmonia, dê um pulinho lá!

O local resume São Paulo em 7 andares! De tudo um pouco! Como Rita Lee, é a sua mais completa tradução.

E para finalizar, a mais famosa das esquinas! Av. Ipiranga com Av. São João!

“Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga com a avenida São João”. Serião gente, até me arrepiei!!

Se não fosse pela música de Caetano talvez você nem desse muita pelota para essa região, mas dali, seguindo pelo calçadão da Av. São João em direção ao Vale do Anhangabaú, você terá uma das vistas mais bonitas do centro de São Paulo, na minha humilde opinião de paulistana de araque!!!

É ou não é maravilhosa?

Também é nessa famosa esquina que fica o Bar Brahma, ali instalado desde 1948!

Mas por que paulistana de araque?? Simples! Porque nunca dei a devida importância a essa região e percebi ao longo desse texto que não sabia muita coisa da minha cidade, que não conheço alguns dos pontos citados e, portanto, não tenho quase nenhuma foto dos locais que sugeri conhecer.

Nunca antes havia pensando em escrever para o blog sobre a terra da garoa, mas então pensei: Barbara, nem todos são paulistanos! Tem gente que turista sim em Sampa. E você é uma trouxa por não valorizar algo que está embaixo do seu nariz!

E como fica o roteiro???

Se você for somente passar pelos pontos citados, sem se demorar em compras ou em museus, entrando em uma ou outra atração que tenham visitas curtas e dependendo do seu ritmo de caminhada, é possível pincelar essa região do centro de São Paulo em um dia inteiro. Mas inicie cedo!

Caso contrário, reserve ao menos 2 dias inteiros. Há muitos outros pontos interessantes nesse miolo que não citei, como o Solar da Marquesa, Caixa Cultural, Casa da Imagem, CCBB, Museu Catavento, dentre muitos outros. Dali também é super possível emendar sua visita ao bairro da Liberdade ou subir a Consolação, sentido Paulista, outra região recheada de atrações.

Banespão tá em todas! Vista do Museu do Catavento

No mapinha abaixo coloquei todos os pontos citados ao longo do texto na ordem que sugiro que você faça. Lógico que é possível alterar a ordem de alguns pontos dentro da mesma região, já que algumas atrações possuem horários mais restritos de visitação.

Resumão

Comece na região da Estação da Luz. Siga a pé até o mercadão, se quiser, passando no meio da região da Santa Ifigênia, e almoce um dos clássicos da culinária paulistana!

De barriga cheia, siga para região da estação São Bento e depois para a . Volte para a região da estação Anhangabaú e termine na República. Você pode aproveitar um happy hour no Bar Brahma com vista para a esquina mais famosa do centro de São Paulo!

Ah! Outro clássico do centro de São Paulo é o Estadão, que vende o famoso sanduíche de pernil!

Mas Barbara, o centro de São Paulo não é perigoso?

Num primeiro momento a região pode assustar pela quantidade de moradores de rua que há por lá. No entanto, se você já está habituado aos grandes centros urbanos do Brasil, não é muito diferente. Claro, evite a região da cracolândia (ela muda de tempos em tempos).

Na minha opinião você deve ter cuidado sim com seus pertences, não vacilar com celular, câmera fotográfica, mas não precisa ficar noiado e inseguro a ponto de não curtir o passeio. Se puder ir acompanhado, melhor. Assim, enquanto um está tirando fotos o outro está de olho nos arredores, por exemplo. Mas isso não quer dizer que você não possa ir sozinho durante o dia. De qualquer forma, não fique dando bobeira demais. Isso vale pra qualquer centro urbano.

A maioria dos relatos são de pequenos furtos e roubos. De qualquer forma, evite transitar por lá depois das 19-20h, quando o movimento cai drasticamente.

Blogagem Coletiva

Este texto faz parte da blogagem coletiva com o tema “Destinos no Brasil”. Quer mais opções nesse nosso Brasilzão? Veja o que os demais posts participantes escreveram:

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