Áustria – Roteiro de 4 dias em Viena – Dia 1
Dia 1 (27/03/2018 – Terça)
Antes de mais nada: Viena, sua linda!! Viena me fez me sentir em Berlim novamente (sou completamente apaixonada por lá), não só pela língua (tava com saudades de dizer “Morgen!”), mas também pela cultura geral. A diferença é só que Viena não foi tão destruída pela guerra, então tem aquele charme antigo, de história clássica. Apesar que em Berlim quase todo mundo falava inglês perfeito (sério, elas diziam que falavam ”a little bit” e nos humilhavam!), em Viena era mais difícil encontrar gente falando inglês fora dos pontos turísticos. Quer saber como foi nosso roteiro por Viena?
Hospedagem
Lá nos hospedamos no ap do Andreas, ficava a cerca de 800 metros da Hauptbahnhof (estação central em alemão ou holandês, adoroo som desse nome!), um quarteirão do Palácio Belvedere, do metro, e com algumas opções de linhas de bondinho e ônibus. Eu achei uma excelente localização, apesar de estar um pouco afastada do centrão (Innere Stadt – bairro central e mais antigo de Viena – basicamente onde tá quase tudo que se tem para ver em Viena). Mas em 10-15 minutos a gente tava lá facinho!
Nós adoramos o lugar, uma vista linda da cidade. Super confortável e bem equipado. Recomendo! E o Andreas sempre nos ajudava.
Do aeroporto ao centro de Viena
A grande vantagem de lá foi que do aeroporto até a Hauptbahnhof era só um trem, rapidinho! O ticket custou 4,10 euros por pessoa. De lá, fomos andando até o ap. Ficamos um pouco perdidos, pq a gente não encontrava a numeração, mas a gente tinha o telefone do Andreas e uma moça na rua, vendo que a gente tava perdido, ligou para ele (ainda não tínhamos o SIMcard). Meu, a gente tava ao lado do ap!!
Passe de transporte e turismo
Deixamos as malas e fomos fazer a parte burocrática. Comprar o passe de transporte e o SIMCard. Compramos o passe semanal, que dava transporte ilimitado de trem, bondinho (tram), ônibus e metro por uma semana (iniciando na segunda e terminando no domingo). Se você chegar no começo da semana vale super a pena. A gente pesquisou as outras opções, mas elas saiam mais caras e ainda íamos ter que comprar um extra para o último dia para ir até a rodoviária (na prática precisaríamos de passe para 4 dias).
Opções de passes de transporte e museus (valores em 03/2018 – em verde os passes que compramos):
Depois de fazer muita conta e considerando as atrações que iríamos visitar, o Sisi Ticket é o passe de museus que mais valia a pena para a gente. Compramos no dia que visitamos o Schönbrunn, direto na bilheteria dele. Ele é válido por um ano para uma visita em cada museu.
Seja como for, não esqueça de validar seu passe antes de começar a usá-lo (no caso do nosso passe de transporte, só tínhamos que validar no primeiro uso). Fiscais são raros, mas se você encontrar com eles e estiver sem passe ou com passe não validado, a multa é pesada (diga adeus a 100 euros), e não tem conversa se você é turista e não sabia disso.
Internet móvel
Era hora de comprar o SIMCard. Fomos num shopping próximo das atrações que iríamos visitar no dia (ainda bem que tomamos essa decisão ou perderíamos muito mais tempo, como expliquei na parte de internet). Já era hora do almoço, estávamos com fome mas queríamos algo rápido para não perder tempo. Passamos no mercado, compramos uns sanduíches, uma cerveja austríaca (que comecem os trabalhos!!) e umas bolachas Milka (amo, amo, amo, toda vez que vou à Europa, tenho overdose delas!). Com nosso passe de transporte em mãos, conectados e alimentados, partiu turistar!
Roteiro de 4 dias por Viena
O roteiro original foi esse, mas acabamos mudando um pouco a ordem das coisas e incluindo outras, por conta da chuva no primeiro dia:
Bora turistar!
A primeira parada foi a Hundertwasser House, um prédio residencial e comercial do arquiteto Friedensreich Hundertwasser que lembra demais a arquitetura de Gaudí. Quando vi as fotos, ele era pintado com diversas cores vibrantes. Ao chegar lá achei que tava até no lugar errado, porque não se parecia nada com as fotos, ou elas tinham sido tiradas quando a tinta tava fresca ou foram photoshopadas, tava tudo muito pálido (Sim, eu também Photoshopei 🙈). Mas o lugar é bem bonito e não tem como negar a inspiração em Gaudí.
De lá fomos para a Griechengasse, uma das vielas mais antigas de Viena, me lembrou um pouco a vielas do barrio Gotico de Barcelona. Uma fofura! Ocorreu uma situação engraçada neste lugar. A gente tava tirando foto, daí chegou um local e começou a dirigir a foto, mostrando qual era o melhor ponto para tirá-la! A foto ficou linda mesmo! Valeu, austríaco!
Leve seu guarda-chuva!
Nesse meio tempo, começou a chover e não parou mais (diminuía e aumentava o volume). E para melhorar, a gente tinha pegado um guarda-chuva emprestado do ap que tava completamente destruído, resultado: tivemos que nos espremer embaixo do nosso (ainda bem que ele é maior que o normal). Como a gente tava já bem no meio do Innere Stadt, um guarda-chuva tava custando uma fortuna. Se espremer é legal!
Próximo ponto era passar em frente à casa em que Mozart viveu entre 1784 e 1787 (Mozarthaus Vienna), onde hoje funciona um museu. Li que não era interessante entrar, então só tiramos uma fotinho.
Passos dali ficava a majestosa Stephansdom ou Catedral de Santo Estêvão, uma das mais antigas catedrais em estilo gótico na Europa (datada do século XII), situada na Stephansplatz. O plano era subirmos na torre sul para vermos a vista da cidade, mas como disse, tava chovendo, encoberto, não veríamos nada. Não valia gastar dinheiro, não naquele momento. Nós chegamos a entrar nela, mas nada me chamou atenção no interior, comparada às tantas outras que visitamos. Ela era muito mais bonita e imponente externamente.
Continuamos passeando pela Grabenstraße (esse ß lê como dois “S”), que juntamente com a Kärntnerstraße e Kohlmarktstraße são como a Champs Elysées de Paris, com muitas lojas de grife, restaurantes, cafeterias e afins. Os prédios clássicos são muito bonitos.
Demos uma parada no Pestsäule (Coluna da Peste ou da Santíssima Trindade), um monumento barroco construído após a grande epidemia de 1679 e na Peterskirche (Igreja de São Pedro) para umas fotinhos.
Torta Sacher
Aquela chuva tava desanimando, nossos pés estavam gelados, por estarem molhados, então decidimos parar no famoso Café Demel, que já foi ponto de encontro da aristocracia e burguesia vienense, para comer a tradicional Sachertorte, que deve estar no seu roteiro em Viena, e, “ó-bi-vio”, o meu amado Apfelstrudel.
Um pouquinho de história: O café Demel e o Hotel Sacher entre os anos de 1938 e 1963 brigaram na justiça pelo título “Torta Sacher Original”, que terminou como vencedor o Hotel Sacher. Hoje em dia o Demel usa o termo “Torta Eduard Sacher” – o responsável por finalizar a receita quando trabalhava como aprendiz na confeitaria Demel antes de abrir o Hotel Sacher em 1876. Ou seja, a torta é a mesma, só muda o nome e a posição da geleia de damasco!
Versão Café Demel
Queríamos experimentar as duas, nesse dia foi a vez da versão do café Demel (do Hotel Sacher falei aqui). A torta tem massa de chocolate com recheio de damasco e cobertura de chocolate meio amargo. Essa versão achei seca e bem sem gracinha. Não é ruim, mas também não é tudo isso. Já o apfelstrudel tava delicioso, comeria vários! Achei que a conta seria bem mais alta, considerando que sentamos numa mesinha, pedimos também uma água com gás, mas deu 20 euros e uns quebrados (ok, convertendo dá uma grana, mas estávamos num lugar mega famoso). Esperava na verdade muito mais.
Nesse meio tempo, a chuva deu uma diminuída, mas decidimos tirar do roteiro o Stadtpark e fazer a última parada programada do dia no monumento Hochstrahlbrunnen, uma homenagem aos soldados do exército russo que morreram lutando contra os nazistas na Batalha de Viena, que deu fim à ocupação nazista. Deixe para ir quando estiver anoitecendo, pois ela tem uma iluminação especial, inclusive na fonte central.
Dali estávamos pertinho do nosso ap. Passamos no mercado para comprar algo para jantar e para o café da manhã e capotamos.
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